Funcionários do Louvre mantêm greve por condições de trabalho

Funcionários do Louvre continuam a greve devido a más condições de trabalho e segurança, mantendo o museu parcialmente fechado durante as férias de Natal, apesar das concessões governamentais.

Museu de Paris parcialmente fechado devido a conflito laboral

O museu mais visitado do mundo, o Louvre em Paris, permanece parcialmente fechado depois que os funcionários decidiram continuar sua greve por tempo indeterminado devido à deterioração das condições de trabalho e problemas de segurança. A ação laboral, que começou na segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, forçou o museu a limitar o acesso apenas a salas selecionadas durante o que normalmente seria um dos períodos mais movimentados—as férias de Natal.

'Não podemos continuar trabalhando nessas condições,' disse um representante sindical que desejou permanecer anônimo. 'O museu está desmoronando, a segurança é inadequada e a administração ignorou nossas preocupações por muito tempo.'

Causas do descontentamento

A greve segue meses de tensões crescentes na instituição icônica. Funcionários do Louvre, apoiados por dois grandes sindicatos franceses, citam várias queixas, incluindo sublotação, infraestrutura desatualizada e medidas de segurança inadequadas que foram dramaticamente reveladas durante um roubo de joias de €88 milhões em outubro de 2025. O assalto à luz do dia, em que ladrões escaparam com joias da coroa de valor inestimável, revelou graves falhas de segurança que deram aos criminosos apenas 30 segundos de vantagem.

Além disso, centenas de livros valiosos sobre antiguidades egípcias foram danificados em novembro por vazamentos de água devido à deterioração da infraestrutura. Visitantes relataram tetos descascando, paredes mofadas e decadência geral no palácio histórico que abriga o museu.

Reação do governo e planos de renovação

Em resposta à crise, o Ministério da Cultura francês prometeu cancelar um corte orçamentário planejado de €6,7 milhões e abrir novas contratações para guardas de galeria. No entanto, representantes sindicais dizem que essas medidas são insuficientes para lidar com os problemas sistêmicos.

A greve coincide com o anúncio do presidente Emmanuel Macron de um ambicioso plano de renovação de €800 milhões para o Louvre, chamado 'Louvre Nouvelle Renaissance'. O projeto de 10 anos visa abordar a superlotação e problemas de infraestrutura, incluindo a criação de uma nova entrada principal para substituir a sobrecarregada pirâmide de vidro e a construção de uma sala especial para a Mona Lisa.

'O museu está envelhecendo de forma preocupante,' escreveu a presidente do Louvre, Laurence des Cars, no início deste ano em uma carta vazada, reconhecendo os desafios estruturais da instituição.

Abertura parcial para visitantes decepcionados

Na tentativa de acomodar turistas decepcionados durante a alta temporada, a administração do museu anunciou na quarta-feira que áreas selecionadas seriam reabertas. A rota limitada inclui atrações importantes como a Mona Lisa, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia.

O Louvre, que atraiu 8,9 milhões de visitantes em 2024 de acordo com dados da Wikipedia, enfrenta o desafio de equilibrar preservação e acessibilidade. O museu abriga aproximadamente 500.000 objetos, dos quais 35.000 obras são exibidas em oito departamentos curatoriais.

'Entendemos a decepção dos visitantes, mas nossas condições de trabalho se tornaram insustentáveis,' explicou um funcionário em greve. 'Isso não é apenas sobre salário—é sobre preservar o patrimônio cultural da França para as gerações futuras.'

Implicações mais amplas para instituições culturais

A greve no Louvre destaca desafios mais amplos enfrentados por instituições culturais em todo o mundo enquanto lutam com infraestrutura envelhecida, problemas de segurança e relações trabalhistas. O Ministério da Cultura francês nomeou Philippe Jost, que supervisionou a reconstrução de Notre Dame, para propor uma reorganização profunda do Louvre até fevereiro de 2026.

Enquanto as negociações continuam, o fechamento parcial representa um golpe financeiro significativo para o museu durante sua temporada mais lucrativa. Enquanto isso, turistas que chegam à icônica pirâmide de vidro se encontram navegando por funcionários em greve em vez de galerias de arte, um contraste marcante que mostra que mesmo as instituições culturais mais celebradas do mundo não são imunes a conflitos trabalhistas.

Mia Chen

Mia Chen é uma jornalista dedicada de Taiwan, especializada em reportagens sobre saúde e segurança pública. Seu trabalho foca em informar comunidades sobre questões críticas de bem-estar e segurança.

Read full bio →

You Might Also Like