Filha de Robin Williams Condena Vídeos de IA do Pai

Zelda Williams, filha de Robin Williams, condena vídeos gerados por IA de seu pai falecido, chamando-os de 'nojentos' e contrários aos seus desejos. A controvérsia destaca preocupações éticas sobre recriações de IA de celebridades falecidas.

Zelda Williams Faz Apelo Emocional Contra Conteúdo Gerado por IA

Zelda Williams, a filha de 36 anos do lendário comediante Robin Williams, fez um apelo emocional nas redes sociais pedindo aos fãs que parem de enviar vídeos gerados por IA de seu falecido pai. Em um comovente post no Instagram esta semana, Williams descreveu a prática como 'nojenta' e 'desperdício de tempo', enfatizando que a criação de réplicas digitais de seu pai vai contra seus desejos e legado.

A Ascensão da Tecnologia de Geração de Vídeos por IA

A controvérsia surge em meio ao recente lançamento do gerador de vídeos Sora 2 da OpenAI, que tornou a criação de vídeos realistas de IA acessível ao público em geral. As capacidades da plataforma levaram a uma enxurrada de conteúdo com celebridades falecidas, incluindo Robin Williams aparecendo em programas de game show falsos e cerimônias de premiação ao lado de outras estrelas falecidas como Betty White.

'Cachorros-Quentes Superprocessados de Vidas Humanas'

Williams não poupou palavras em sua crítica, chamando as criações de IA de 'cachorros-quentes superprocessados de vidas humanas' e 'lixo horrível do TikTok'. Ela expressou frustração de que o legado de pessoas reais está sendo reduzido a 'isso parece um pouco, então é suficiente' apenas para criar conteúdo viral.

'Você não está fazendo arte,' escreveu ela. 'Você está fazendo cachorros-quentes nojentos e superprocessados de vidas humanas, de história, arte e música. E então você enfia isso na garganta de outra pessoa, na esperança de conseguir um like. Nojento.'

Implicações Legais e Éticas

A situação destaca preocupações crescentes sobre tecnologia de IA e réplicas digitais de pessoas falecidas. De acordo com especialistas jurídicos, os direitos de propriedade intelectual existentes não conseguem acompanhar as capacidades de IA em rápida evolução. O Congresso dos EUA reintroduziu recentemente a Lei NO FAKES, que visa fornecer proteção federal contra deepfakes não autorizados e réplicas digitais.

Legado Familiar e Integridade Artística

Zelda Williams, que seguiu os passos do pai como atriz e diretora, tem sido consistente em sua oposição a recriações de IA de seu pai. Esta não é a primeira vez que ela se pronuncia - ela defendeu anteriormente contra a IA no entretenimento durante a greve da SAG-WGA de 2023, expressando preocupação sobre o uso de IA para imitar sua voz.

Robin Williams, que faleceu em 2014 aos 63 anos por suicídio, foi um dos comediantes e atores mais amados de Hollywood. De acordo com sua biografia na Wikipedia, ele ganhou um Oscar por Gênio Indomável e foi indicado por seus papéis em Bom Dia, Vietnã, Sociedade dos Poetas Mortos e O Rei Pescador. Seus filmes mais famosos incluem Uma Babá Quase Perfeita, Aladdin e Jumanji.

Preocupações Mais Amplas da Indústria

O problema se estende além da família Williams. Muitos atores e celebridades expressaram preocupações sobre a tecnologia de IA ameaçando seus meios de subsistência e integridade artística. Enquanto regulações globais lutam para acompanhar o avanço tecnológico, países como a Dinamarca modificaram leis de direitos autorais para tratar a semelhança de alguém como propriedade intelectual, enquanto a China implementou rotulagem obrigatória de conteúdo de IA.

Williams encerrou sua mensagem com uma declaração poderosa sobre a natureza da IA: 'A IA não é nada mais do que a reutilização ruim do passado.' Seu apelo emocional gerou conversas importantes sobre consentimento, legado e os limites éticos da inteligência artificial no entretenimento e além.

Matthew Eriksson

Matthew Eriksson é um especialista norueguês especializado em transporte e infraestrutura. Seu trabalho concentra-se no desenvolvimento de soluções sustentáveis de mobilidade urbana e sistemas de transporte público resilientes.

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