EUA enviam enviados a Berlim para negociações de paz cruciais sobre a Ucrânia

Os enviados americanos Witkoff e Kushner viajam para Berlim para negociações de paz cruciais sobre a Ucrânia com Zelensky e líderes europeus, visando uma posição conjunta para o fim da guerra.

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Alta Tensão na Diplomacia de Berlim

Em um movimento diplomático importante, os Estados Unidos enviam dois enviados cruciais a Berlim neste fim de semana para negociações de paz essenciais que visam pôr fim à guerra na Ucrânia. O enviado especial Steve Witkoff e o ex-conselheiro sênior Jared Kushner se encontrarão com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus para avançar negociações por um possível acordo.

As conversas, que devem começar no domingo, representam o que autoridades alemãs descrevem como um 'momento crítico' no conflito de quase quatro anos. De acordo com fontes do governo alemão que falaram com a Deutsche Welle, as discussões visam desenvolver uma posição conjunta para um acordo de paz com a Rússia.

Principais Atores e Seus Papéis

Steve Witkoff, o bilionário desenvolvedor imobiliário que se tornou diplomata, liderou as negociações americanas com a Ucrânia e a Rússia sobre uma proposta de paz dos EUA. Sua nomeação como enviado especial em 2025 trouxe uma abordagem empresarial para a diplomacia. 'Witkoff é inteligente, cativante e um negociador talentoso com uma abordagem comum,' de acordo com colegas citados no The Wall Street Journal.

Jared Kushner, ex-conselheiro sênior do presidente Trump e arquiteto dos Acordos de Abraão, traz experiência em negociações de paz no Oriente Médio. Seu envolvimento sinaliza o interesse contínuo do governo Trump em mediar acordos internacionais.

Líderes europeus que devem participar incluem o presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o chanceler alemão Friedrich Merz. Representantes da União Europeia e da OTAN também devem participar das conversas.

Contexto e Antecedentes

Os encontros em Berlim seguem a recente turnê diplomática de Zelensky pela Europa, incluindo conversas em Londres com Starmer, Macron e Merz na semana passada. Essas discussões focaram em avaliar o último plano de paz americano, elaborado durante conversas Ucrânia-EUA na Flórida.

De acordo com o The Irish Times, a UE congelou indefinidamente €210 bilhões em títulos do governo russo antes dessas conversas críticas, abrindo caminho para a contratação de empréstimos contra esses ativos para apoiar a defesa ucraniana.

O governo Trump supostamente pressionou Kiev a assinar um acordo de paz antes do Natal, embora autoridades ucranianas tenham enfatizado que sua prioridade continua sendo garantir um acordo que proteja a independência e soberania da Ucrânia. 'Estamos do lado da Ucrânia,' afirmou Starmer durante os encontros em Londres, enquanto Zelensky enfatizou a necessidade de unidade entre Europa, Ucrânia e Estados Unidos.

Desafios e Apostas

As negociações enfrentam desafios significativos. A Ucrânia busca garantias de segurança e rejeita concessões territoriais, enquanto a Rússia quer controle sobre Donbas e se opõe à expansão da OTAN. Enquanto isso, o conflito no terreno continua, com a Rússia realizando ataques de retaliação com mísseis hipersônicos contra instalações industriais e energéticas ucranianas esta semana, danificando infraestrutura civil e deixando milhares sem energia.

O chanceler alemão Merz expressou ceticismo sobre detalhes de Washington, enquanto Macron afirmou que a Europa 'tem muitas cartas na manga' - uma referência sutil às críticas anteriores de Trump à Ucrânia.

A Casa Branca disse na quinta-feira que Trump enviaria um funcionário do governo às conversas apenas se acreditasse que progresso suficiente poderia ser feito. Essa abordagem condicional reflete o alinhamento cuidadoso do envolvimento diplomático pelo governo.

Implicações Mais Amplas

Essas conversas ocorrem em meio a uma dinâmica internacional complexa. O líder norte-coreano Kim Jong Un recentemente recebeu soldados que estavam estacionados na Rússia por 120 dias, confirmando o envolvimento militar de Pyongyang no conflito. Enquanto isso, autoridades ucranianas e europeias propuseram um cronograma acelerado de adesão à UE para 2027 para a Ucrânia em uma proposta de paz revisada.

O Departamento de Estado dos EUA confirmou que Witkoff e Kushner tiveram uma reunião de dois dias em 5 de dezembro com autoridades ucranianas, incluindo o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional Rustem Umerov e o chefe do Estado-Maior General Andriy Hnatov - seu sexto encontro em duas semanas focado em avançar um caminho crível para a paz.

À medida que os esforços diplomáticos se intensificam, todos os olhos estarão em Berlim neste fim de semana para ver se esta última rodada de conversas pode produzir progresso significativo para acabar com o conflito mais devastador da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

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