China amplia restrições de exportação de terras raras e baterias

China expande controles de exportação para terras raras e baterias de lítio, adiciona 14 empresas à lista de entidades não confiáveis antes de possível cúpula Trump-Xi, intensificando tensões comerciais globais.

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China intensifica guerra comercial com restrições abrangentes de exportação

A China escalou drasticamente sua estratégia de guerra comercial ao implementar controles abrangentes de exportação sobre terras raras críticas e tecnologias avançadas de baterias. O Ministério do Comércio anunciou em 9 de outubro de 2025 que restringirá a exportação de terras raras adicionais como hólmio, érbio, túlio e itérbio, juntamente com baterias de lítio de alta qualidade e tecnologias de produção associadas.

Timing estratégico para cúpula crucial

O momento parece calculado para fortalecer a posição de negociação da China antes de um encontro esperado entre o presidente Xi Jinping e o presidente americano Donald Trump durante a cúpula da APEC na Coreia do Sul. 'A China está demonstrando claramente sua influência sobre cadeias de suprimentos críticas das quais o Ocidente depende para tudo, desde veículos elétricos até sistemas de defesa,' diz Joris Teer, analista de segurança econômica do Instituto de Estudos de Segurança da UE.

As novas medidas vão além de simples restrições de exportação. Pela primeira vez, a China exige licenças para produtos que contenham traços de terras raras chinesas, dando a Pequim controle efetivo sobre cadeias de suprimentos globais. 'Isso representa uma mudança fundamental em como a China usa sua dominância de recursos,' acrescenta Teer.

Lista de entidades não confiáveis expandida

Simultaneamente, a China adicionou 14 empresas estrangeiras à sua lista de entidades não confiáveis, incluindo a empresa canadense de pesquisa de semicondutores TechInsights e a empresa americana de tecnologia anti-drone Dedrone. Essas empresas agora enfrentam proibições completas de comércio e investimento com a China.

As restrições sobre baterias de lítio focam especificamente em baterias com alta densidade energética (300 Wh/kg ou superior) e tecnologias de produção para cátodos de fosfato de ferro-lítio e ânodos de grafite artificial. 'A China controla aproximadamente 80% da capacidade global de produção de baterias, tornando essas restrições particularmente impactantes,' observa Elmar Otten da associação setorial holandesa Evofenedex.

Consequências para cadeias de suprimentos globais

A Câmara de Comércio Europeia na China relatou que apenas 14% das solicitações de licenças de exportação de empresas europeias entre agosto e início de setembro foram aprovadas, indicando os desafios práticos para as empresas. 'Estamos vendo um endurecimento da guerra comercial onde a China explora sua posição dominante em matérias-primas críticas,' observa Otten.

As medidas estão sendo implementadas em fases, com algumas restrições entrando em vigor imediatamente em 9 de outubro e outras programadas para 8 de novembro e 1º de dezembro de 2025. Isso dá às empresas tempo limitado para se adaptarem ao novo ambiente regulatório.

O Ministério do Comércio chinês afirmou que as restrições visam 'garantir a segurança nacional e os interesses nacionais' e evitar que terras raras sejam usadas para fins militares. No entanto, analistas veem isso como parte de uma estratégia mais ampla para manter a liderança tecnológica da China em meio à crescente competição global.

Para mais informações sobre terras raras, consulte visão geral abrangente da Wikipedia.

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