Venezuela solicita reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre escalada militar norte-americana no Caribe, alertando para possível ataque armado. EUA implantam caças F-35 e navios de guerra para operações antidrogas.

Venezuela Solicita Reunião Urgente do Conselho de Segurança da ONU
A Venezuela solicitou formalmente uma sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir o que descreve como "ameaças crescentes" de operações militares norte-americanas no Caribe. O pedido ocorre em meio a tensões crescentes entre os dois países, com a Venezuela alertando sobre uma possível "ataque armado em um futuro muito próximo" de acordo com fontes diplomáticas.
Escalação Militar no Caribe
O governo Trump aumentou significativamente a presença militar na região, com o envio de caças F-35 para Porto Rico e vários navios de guerra como o USS Iwo Jima, USS Gravely e USS Sampson para o sul do Caribe. "Este desdobramento não tem precedentes modernos em termos de escala e proximidade do território venezuelano," disse a analista de segurança regional Maria Rodriguez. Os EUA realizaram pelo menos quatro ataques letais contra supostos navios de drogas, resultando em 21 mortes confirmadas de acordo com relatórios da Newsmax.
Resposta Diplomática da Venezuela
Em uma carta fortemente redigida ao Conselho de Segurança da ONU, o embaixador venezuelano na ONU acusou os Estados Unidos de buscar "mudança de regime" sob o pretexto de operações antidrogas. "A intenção subjacente é a mesma que tem impulsionado os Estados Unidos há mais de 26 anos em sua política em relação à Venezuela: buscar a mudança de regime para obter controle sobre as enormes riquezas naturais do país," escreveu o embaixador. A carta menciona especificamente ações recentes do Congresso onde legisladores rejeitaram um projeto de lei que teria limitado a autoridade de Trump para usar força letal contra supostos traficantes de drogas.
Apoio e Oposição Internacional
O pedido da Venezuela para a reunião de emergência recebeu apoio da Rússia e da China, ambos membros permanentes do Conselho de Segurança com poder de veto. "Estamos ao lado de nossos parceiros venezuelanos contra esta agressão injustificada," declarou o embaixador russo Vassily Nebenzia, que atualmente preside o Conselho de Segurança. Os Estados Unidos, no entanto, mantêm que suas operações são medidas legítimas antidrogas. "Estamos mirando organizações criminosas que ameaçam vidas americanas com drogas letais," disse o porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby, a repórteres.
Contexto Histórico e Implicações Regionais
A crise atual representa a escalada mais grave nas relações EUA-Venezuela desde 2019, quando o governo Trump quase autorizou ação militar contra o governo Maduro. De acordo com a análise da Foreign Policy, o governo dobrou a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões e designou o cartel venezuelano Tren de Aragua como organização terrorista. Especialistas regionais alertam que uma escalada adicional pode ter consequências devastadoras para a América Latina, possivelmente levando a migração em massa e instabilidade econômica em todo o hemisfério.
Preocupações Legais e Éticas
Especialistas jurídicos levantaram questões sérias sobre a legalidade dos ataques militares norte-americanos a navios civis em águas internacionais. "O uso de força militar contra supostos traficantes de drogas fora de zonas de guerra declaradas levanta questões fundamentais sobre execuções extrajudiciais e poderes de guerra presidenciais," disse a professora de direito internacional Sarah Chen. A investigação da NPR revelou que o governo Trump está aplicando táticas de contraterrorismo desenvolvidas durante a guerra global ao terror para combater cartéis de drogas, uma estratégia que os críticos dizem que pode abrir uma "guerra eterna" sem autorização adequada do Congresso.
A sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU está marcada para sexta-feira à tarde na sede da ONU em Nova York, onde a Venezuela apresentará seu caso para intervenção internacional para evitar o que descreve como agressão militar iminente.